sábado, 10 de maio de 2014

Origem dos terremotos no Chile, Japão e Califórnia

   As cidades do Círculo do Fogo do Oceano Pacífico

   Localizado na América do Sul, o Chile é um país que possui extensão territorial de 756.945 quilômetros quadrados, onde residem 16.970.265 habitantes. O território chileno ocupa uma das áreas mais sísmicas do planeta, pois está em uma zona de instabilidade tectônica, ou seja, uma área de convergência entre as placas tectônicas de Nazca e a Sul-Americana. Conforme o Instituto de Geofísica da Universidade do Chile, o encontro dessas duas placas produz um terremoto de grande proporção a cada dez anos no país. O Chile é assim muito vulnerável a terremotos, sendo a ocorrência desse fenômeno no país frequente. No dia 22 de maio de 1960, a cidade de Valdívia sofreu com o maior terremoto da história chilena, o sismo teve magnitude de 9,5 graus na escala Richter, deixando 1.655 pessoas mortas e mais de 2 milhões de desabrigados. No dia 27 de fevereiro de 2010, um terremoto de 8,8 graus atingiu o centro-sul do Chile, sendo o maior tremor no país desde 1960. 

   Conforme o Instituto Geológico dos Estados Unidos, o terremoto teve seu hipocentro (local de origem dentro da crosta) a 35 quilômetros abaixo do nível do mar, na região de Bio Bio, a cerca de 320 quilômetros de Santiago, capital do Chile, e a 91 quilômetros de Concepción, segunda cidade mais populosa do país. Em seguida, outros tremores foram registrados – de magnitudes que variaram entre 5,2 e 6,9 graus na escala Richter. O terremoto ainda desencadeou um tsunami, que provocou ondas que invadiram até 300 metros de terra firme. 
   Situado no continente asiático, o Japão ocupa uma área de 377.801 quilômetros quadrados e abriga uma população de aproximadamente 126,9 milhões de pessoas. Seu território está localizado em uma das áreas mais sísmicas do planeta (no limite da placa tectônica Euroasiática), numa zona de convergência de placas tectônicas, denominada “Círculo do Fogo do Oceano Pacífico”. Essa instabilidade tectônica é consequência de uma zona de convergência que envolve as placas do Pacífico, Euroasiática Oriental, Norte-Americana e das Filipinas. O encontro desses blocos que compõem a camada sólida externa da Terra é responsável por constantes terremotos, tsunamis, além de intensa atividade vulcânica na região. Portanto, os terremotos e tsunamis são fenômenos relativamente comuns no Japão – dois em cada dez terremotos no mundo com magnitude superior a 6 graus na escala Richter atingem o país. Um dos piores desastres ocorreu em 1923, quando um tremor de magnitude de 8,1 graus atingiu a Região Metropolitana de Tóquio, provocando a morte de mais de 3 mil pessoas. No entanto, no dia 11 de março de 2011, às 14:46 (2:46 em Brasília), o país foi atingido por um terremoto de magnitude de 9 graus na escala Richter, segundo informações do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), sendo considerado o pior terremoto do Japão e o quarto pior já registrado no mundo. O abalo sísmico ocorreu a 24 quilômetros de profundidade, com epicentro no oceano Pacífico, a 160 quilômetros da costa. Em seguida, outros abalos de magnitude superior a 5 graus foram registrados. O terremoto desencadeou um tsunami com ondas de até 10 metros de altura que atingiram a costa nordeste do Japão, sobretudo a cidade de Sendai, na ilha de Honshu. As ondas invadiram a cidade e provocaram mortes e a destruição de casas e ruas. Esses danos só não foram piores porque o país possui construções de boa qualidade e realiza treinamentos (simulações) com a população de como agir durante terremotos.
             
   A catástrofe conhecida como “O Grande Terremoto de San Francisco de 1906”, onde parte da Falha de San Andreas foi abalada, deu início ao estudo sério dos terremotos e da geologia da Califórnia. O terremoto de 1906 foi o resultado de um movimento de transformação de placa, isso ocorre quando as placas tectônicas se movem para os lados e encostam umas nas outras. A classificação foi de 7.8 pontos na Escala Richter, o que desencadeou danos devastadoresMilhares de terremotos pequenos, imperceptíveis, ocorrem na Área da Baía de San Francisco todos os anos. Poucos chegam a sair no noticiário local. Contudo, no período de 1800 até o presente, a região da Baía de San Francisco foi abalada por 21 terremotos medindo 6.0 ou mais na Escala Richter. 

Por Laura Rangel

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